Esta noite sonhei que tinha ido passear de carro pela Lisboa nocturna, das gatas pingadas e dos cães de fila. Entre carros do lixo e lixo dentro de carros, havia uma cidade em que o vício já nem era feérico. Creio que a meio do sonho, parado num semáforo, dei comigo a pensar que o real cria melhores ilusões. Acordei então. Creio que nesse momento a vida sonhada ria-se de mim, deitando-me a língua de fora.