No dia 10 de Junho de 1913 Wenceslau de Moraes, escreveu uma carta ao Presidente da República Portuguesa, pedindo a sua exoneração dos cargos de oficial de Marinha, de cônsul de Portugal em Hiogo e Osaka, no Japão, desistindo da própria reforma de funcionário, por pretender fixar-se em Tokushima numa situação incompatível talvez mesmo com a sua condição de português.
Tinha 59 anos de idade. Recomeçou a sua vida. Trocou a indumentária de ocidental pelo quimono, calçava uma modestíssimas guettas, alimentava-se frugalmente, honrou o culto dos mortos e o ritual do chá. Em 26 de Junho de 1914 escrevia, atento observador da grandeza das pequenas coisas que «o cão de Tokushima desconhece o uso de festas e carícias; se as recebe, por acaso, não sabe retribui-las; quer comer não quer festas».
Abandonados pelos homens, serão por eles amados um dia, talvez, quando estes, tiverem perdido a fé na sua boa estrela e confiança nos outros homens, seus irmãos.