«Eu cri, tu creste, ele creu». É mesmo assim. Custa ouvir, mas é. Em matéria de crença, a fonética do passado no que à terceira pessoa respeita, alinha creu com breu. Claro que cada uma das palavras tem ressonâncias semânticas diversas: no caso do breu, as trevas nocturnas da ocaso da Razão, a urgência de um Diógenes e sua lâmpada, a alumiar-nos os passos. Prefiro o «eu cri». Sempre é um regresso à minha infância, em que crédulo em tudo, via em cada «cri-cri» o grilo da consciência da minha alma de Pinóquio trampolineiro.