«A minha estatura, as vestes talares, o uso do mesmo idioma fizeram-lhes crer que era eu o deus das aranhas, e desde então adoraram-me». Machado de Assis escreveu isto num conto a que chamou «A Sereníssima República». O personagem descobriu a linguagem aracneida, parte do modo fónico de os insectos se exprimirem. Acompanhado de um livro anotava tudo. Ante isso, as aranhas «cuidaram que o livro era o registo dos seus pecados e fortaleceram-se ainda mais na prática das virtudes».