José-Augusto França escreveu agora um «romance dos anos 20», que é uma forma fictícia de descrever uma vida que poderia ter sido vivida por aquela geração: Almada, Pessoa, Santa Ritta, Pacheko, Sousa-Cardozo, outros. Consegui começar a sua leitura este domingo de Páscoa, pela tarde, chegado a Lisboa, vindo das hortas do meu veraneio. Foi no Centro Cultural de Belém enovelado com a toada irritante de um arquitecto a explicar, desenvolto, onde é que no seu ozalide estavam as duas casas de banho da excelente casa dos consigo ali reunidos atónitos clientes. Almada regressava ferroviariamente a Lisboa, vindo de Paris. «Sonhara viagens de transiberiano do Rossio à Campanhã, pelo litoral do país, com tudo o que vira, no quotidiano do Hotel Silva, por cima da farmácia». Eu viajava com ele, ao lado da senhora volumosa e o senhor seu marido atencioso.